A ponto da morte de todos, Ace tem
um sonho estranho, uma alucinação, imaginando-se de volta a escola, onde coisas
normais voltam a acontecer, como se a guerra não tivesse destruido tudo que a
class 0 acreditava. Logo que o Capitão Kurasame adentra a sala, e ele percebe
algo errado, mas sente uma inesplicável felicidade, mas logo é acordado por
Cater:
- Ace, você está bem?
O garoto, tímido, cai em si, e
observa todos ao seu redor sucumbindo.
- É, tem razão. A guerra acabou. –
diz num suspiro de trabalho feito.
- Eu queria saber se...nós vamos
morrer? – questiona Queen, ainda dolorida da batalha.
- Eu temo a morte – comenta Seven.
- Ah, cara, isso doi... – diz
entristecido Jack.
- Yeah... – choraminga Cater.
- Isso é meio, doloroso demais.
–diz com tristeza, Trey.
- Ei! O QUE HÁ COM VOCÊS? PENSEI
QUE VOCÊS ESTAVAM PREPARADOS PARA A MORTE!!! – vocifera Nine, com seu jeito
agressivo, mas temendo assim como os outros o destino.
Um silêncio se instala por um
instante, quebrado apenas pelos soluços de Cinque, que era a mais alegre e
agora, a mais triste, que se encontrava sentada a frente da sala.
- Mas eu não estou pronta –
comenta Sice.
- ...Estou com medo... – completa
Trey.
- É. – concorda King.
- Eu não posso aguentar... –
soluça Cinque que chora inconsoladamente.
Queen então, comovida pelos choros
da garota, levanta-se e senta-se ao lado da garota, incentivando assim Ace e
todo o resto do grupo se juntar numa roda ao redor da garota:
- Cinque, você... – consola Queen.
- Isto realmente doi... – diz Cater.
- Eu não quero morrer... – chora
Seven.
- Este é...o fim? – pergunta Nine.
– Porque tem que ser assim?
Diante do desespero de todos,
perante a morte evidente, Ace cantarola uma música sobre orar pelos que já
foram, e que não podemos lembrar:
- “Aqueles passos que estavam
perdidos sumiram, no lugar surgiu uma oração...Ele vai virar chamas, para a luz
daqueles que continuam...” – cantarolou Ace.
- Você nunca vai além, não é? –
questiona Seven.
- É a única parte que o Ace
conhece. – diz King.
- Haha... – sorri Jack. – Eu não
estou chorando mais.
- Yeah... – concorda Sice.
- Hey, a guerra acabou, ne? –
comenta Eight.
- Você está certo. – diz King.
- Bem, então vamos pensar no que
vem depois. – continua o rapaz.
- Depois? – sussura Cinque. – Nós
não temos um “depois”.
- Mas somos livre para pensar,
Cinque. – consola Trey.
- Yeah...Yeah, ótimo ponto de
vista... – sorri Cinque. – Vamos pensar sobre o nosso futuro...Um grande e
feliz futuro.
- O que deveríamos fazer primeiro?
– comentou Deuce, que ainda não tinha falado. – Alguma sugestão?
- Eu quero levar a Mãe numa viagem
para as bases militares de Concordia. – comenta Cater.
- Você não acha que já foi a esses
lugares demais, durante as nossas campanhas e missões? – questiona Sice.
- É, mas...Dessa vez nós não vamos
para lutar, apenas visitar e se divertir! – completa Cater, olhando para Sice.
- Sim, gostei. – diz Ace. – Pela
primeira vez, nós poderemos pegar leve com outras coisas, e também com a Mãe.
- Então...Agora nós poderemos desenhar
nosso próprio intinerário. – comentou Queen sorriu e olhando para Cinque,
consolando-a.
- Como esperado da nossa líder da
classe: sempre elaborando micro-gestões.
– sorriu brincando Jack com Eight, que estava ao seu lado.
- Desde quando eu sou a líder da
classe? – diz Queen censurando os garotos.
- Okay. O que faremos quando
voltarmos da nossa viagem? – questiona Cinque para os amigos.
- Vamos ver... – começou Eight. –
Que tal estudarmos algo mais que não seja como lutar?
- Que?! – reclama Jack, com reinvidicações
de Nine. – Mais estudos e testes?
- Mas desta vez, seria algo que
não fosse como batalhar e utilizar magias e armas, certo? – concordou Trey.
- Então... – começa Nine. – O que
nós estudaremos? Há algo que NÃO seja lutar?
- Bem, - comenta Deuce. – Nós
podemos ler fábulas sobre o que encontramos em Orience, ou nós podemos estudar
como flores nascem e crescem. – discursa a garota para os amigos. – Tudo que
conhecemos é a guerra. Nós temos tanta coisa para aprender.
- E isso conta como estudo? –
questiona Sice, um pouco confusa. – Entretanto...parece interessante.
- Ótimo! E em seguida? O que nós
faremos quando acabarmos os estudos? – comenta sorrindo, Cinque. – O que
faremos BEM mais para frente, no futuro?
- “No futuro”? Tipo, quanto tempo?
– alega Nine.
- Huuum... – confabula Cinque. –
Que tal 10 anos depois?!
- 10 Anos, você diz? – diz King. –
Eu não consiguo nem imaginar.
- Tenho certeza de que... –
começou Deuce. - ...Não importa o que, nós tentaremos e faremos tudo o que
pudermos para sermos os melhores no que quizermos, se estivermos juntos.
- Yeah... – concordam Cater, Nine
e Seven.
- Isso vai ser bastante divertido,
eu sei disso! – termina Cater.
- Sim, - diz Queen apontando para
si. – Eu concordo com isso.
- Mas, nunca se sabe o que
acontece no futuro, certo? – pensa Jack. – Então acho que nós podemos só ficar
no momento, saca o que eu estou falando?
- Ah...... – brinca Seven em tom
de zoação. – Então é isso que você quis dizer quando falou que não queria
crescer?! – ela e Sice riem, o que deixa Jack sem graça.
- Ei...O que??? – vocifera Nine,
com seu jeito.
E todos riem. Cinque então percebe
os 6 garotos quietos, apenas observando.
- Ei, e vocês, o que farão? –
questionou ela. – Sei que vinheram para nos salvar, lamentamos a sua falha. Mas
o que farão agora.
John andou um pouco para frente, e
se impôs a frente dos outros.
- Vocês querem viver?
- O que? – questionaram todos em
coro.
- O que os faz morrer é o Phantoma
que lhes foi tirado, estou certo, Queen?
- Sim...
- Mas como vocês não morreram
ainda, há uma forma de mantê-los vivos, longe daqui. Em outro “local”... –
sorriu misteriosamente o rapaz.
- O que vocês presenciaram aqui,
não era para acontecer, não desta forma. – contestou Jay.
- É, foi uma ‘infecção’ causada
por um inimigo nosso, que chegou a seu mundo. – comentou Willa.
- Nós temos como reverter isso,
mas se vocês quizerem. – disse Haliem.
- Mas, de certa forma, aqui vocês
ainda estarão mortos. – continuou John.
- Isso é realmente possível? –
questionou, curiosa, Queen.
- Sim, é. – disse John. – Lembra
daquele livro que te dei?
- Sim.
- Fui eu, quer dizer, o Natsu,
quem escreveu. São relatos e magias possíveis de serem executadas, mas apenas
se vocês assim desejarem. – sorriu.