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Eu sou eu, oras... Mas sendo especifica, ta ai uma musika que me define... "Eu gosto do meu quarto Do meu desarrumado Ninguém sabe mexer na minha confusão É o meu ponto de vista Não aceito turistas Meu mundo ta fechado pra visitação...Eu vejo o filme em pausas Eu imagino casas Depois eu já nem lembro do que eu desenhei...Coisas que eu sei São coisas que antes eu somente não sabia...Agora eu sei...!" precisa de mais? Lê ai:

15 de janeiro de 2018

Ei, deixa eu namorar você? - Cap. 04



23 de fevereiro de 2017 - Quinta-feira

― Bom dia! ― disse a Murotan, me acordando com um beijo. ― Sua mãe disse pra você ficar em casa, pelo menos agora pela manhã. ― já passava das 8hs da manhã.
― É, eu sei ... ― lamentei. ― Então podemos aproveitar e namorar um pouco. ― falei tratando me animar e animar minha namorada.

Ficamos deitadas na cama, durante toda manhã. Como eu e meu irmão eramos geniais, minha mãe acabava por não se preocupar tanto com nossos estudos, então Yuri também havia ficado em casa, ajudando minha mãe nos deveres de casa. Ela sempre deixava pra se preocupar apenas com nossa saúde, então, sempre que ficávamos debilitados ou doentes, ela preferia nos deixar em casa para descansar.

 Depois de um tempo, conversando sobre nós, acabei dando um cochilo, pouco antes da hora do meu almoço. Mizuki então me acordou para almoçar umas 11hs30min, saia de casa às 13hs e 30min. Levantei e fui com ela para a cozinha, e Mizuki seguiu-me:

― Você vai almoçar aqui também, Murota-san? ― questionou Yuri, que passara a manhã ajudando mamãe nas tarefas de casa.
― Sim, vou.
― Então, pode ficar à vontade e se servir. ― falou ele apontando para o fogão. ― Afinal, você já é de casa.
― Obrigada.
Mamãe entrou logo que nos servimos e sentamos para comer:
― Você melhorou, meu amor? ― perguntou ela, dando um beijo em minha testa.
― Estou, mãe.
― E vocês vinheram almoçar e nem me chamaram... ― falou brincando. ― Você sabe que eu gosto de almoçar com vocês...
― Gomen, Aya-san. ― respondeu Mizuki.
― Hahahaha! ― minha mãe sorriu, abraçando Mizuki pela cabeça. ― E você também, Yuri... ― disse ela, ao ver que meu irmão também estava com o prato pronto para comer.
― Sirva-se, mãe. ― disse Yuri, pegndo o prato no escorredor e dando a mamãe.
― Obrigada, meu amor.

Ela colocou a comida no prato, e sentou-se na ponta da mesa, entre mim e Yuri. Ela tinha o aspecto de cansada, e parecia não ter pregado os olhos a noite inteira. Talvez por isso ela tinha deixado o Yuri ficar em casa para ajudá-la. Fora isso, ela parecia ter chorado muito, tipo, a noite inteira:

― Você conseguiu dormir bem? ― questionou ela, virando-se para mim.
― Sim, mãe, obrigada por perguntar.
― E você? ― disse ela virando para a Murotan.
― Estou bem. ― respondeu a Mizuki, que se arrumou na cadeira, e falou. ― Eu posso ficar um tempo aqui?
― Hum...
― Apenas pelo resto da semana... ― começou ela, implorando. ― Até ela melhorar... ― ela viu a expressãoda minha mãe. ― Por favor...
― Foi ideia sua, não foi? ― questionou ela para mim.
― Nã... Não... Mãe... ― disse gaguejando.
― Não foi não, Aya-san. ― disse Mizuki. ― Eu que quero ficar com sua filha, eu gosto da presença dela.
― Você sabe que ficar muito tempo em seu futuro, pode te prejudicar, não sabe?
― Sei, mas... Mas eu quero... ― disse ela, implorando novamente. ― Eu quero sua filha... Eu quero ficar com ela... ― choramingou a Murotan. ― Por favor...
― Ok, ok... ― concordou minha mãe um pouco contrariada. ― Mas cuide-se para não esbarrar em si mesma.
― Tá.
― Apesar, que, eu acho um pouco difícil disso acontecer. ― comentei. ― Já que você daqui, de 2033, mal aparece pra a gente.
― Mas não esqueça que ela gosta muito de você. ― alertou minha mãe. E ela sempre faz questão de encotrar você, quando vem pra 2033.
― É, eu sei.
― Pera... Quer dizer que eu gosto de todas as suas versões?
― Aparentemente, sim. ― respondi. ― Você sempre vem aqui e passa horas conversando comigo. Pra relembrar como eu sou, eu acho.
― Porque eu sempre estou com sua versão futura...
― Sim.
― Eu não posso nem saber como eu vou ficar?
― Hum... ― olhei para a minha mãe, que com desdém, olhou pra cima.
― Isso vocês resolvem com o Taillor.
― Ok! ― respondemos em uníssono.

 Terminamos o almoço, e eu ainda tinha alguns minutos pra a hora do trabalho, então aproveitei e liguei para o Taillor.
― Oi, primo.
― Oi prima, fala. ― disse ele do outro lado.
― Você pode falar?
― Posso. Diga.
― Eu queria tirar uma dúvida com você.
― Diga lá.
― Você sabe que eu, assim como você, arrumei de encontrar e me apaixonar pela Murotan do passado, não é?
― Sim. Ayala me alertou que isso iria acontecer.
― Então... Eu sei que ela não pode se encontrar nessa realidade. Mas ela pode ver registros dela? Como fotos, vídeos?
― Então, priminha... Ela até pode se ver no futuro, mas isso pode acarretar mudanças no mesmo. Desde só a aparência dela mudar, como todo o seu futuro com ela ser diferente.
― Hum...
― Mas sabendo disso, pode fazer o que você quizer.
― Então eu acho que vou ligar para a Ayala.
― Faz isso, pelo menos você limpa sua mente.
― É... Tchau, primo.
― Tchau prima, até mais.
― Até!

Desligamos os telefones. Disquei o número da Ayala, ela sempre estava pronta para dar conselhos para quem quisesse ouvir:
― Ayala? ― disse eu quando ela atendeu.
― Oi, maninha. Diga lá. O que você precisa?
― Quero tirar umas dúvida com você.
― Diga.
― Estás com tempo?
― Sim, pode falar.

Expliquei tudo para a Ayala. Ela era descendente do Oráculo, um ser capaz de ver e sentir passado, presente e futuro, então sempre que nós voltávamos ao passado, pedíamos uma reunião com ela, para saber o que poderíamos ou não fazer. Ela me explicou, dizendo todas as desambiguações possíveis do meu futuro e do futuro da Murota-chan. Depois de alugns minutos, conversando, eu agradeci e desliguei o telefone.
― Obrigada, mana.
― De nada, maninha. ― disse ela do outro lado da linha. ― Até mais tarde.

Disse a Murotan que depois explicaria com detalhes, o que poderíamos ou não fazer, mas eu precisaria sair naquela hora.
― Ok! ― concordou ela.

Fui buscar Yuri, ele estava me esperando:
― Eu achei que você fosse ficar com a sua namorada.
― Eu tenho uns assuntos pra resolver com ela, quando eu chegar.
― Então, vamos?
― Vamos. ― assenti.
Pulamos juntos, como sempre fazíamos, para chegar perto das nuvens, e sair voando para o trabalho.

Quando anoiteceu, que eu cheguei em casa, a Murota havia me esperado no sofá de casa, conversando com minha mãe sobre como ela havia agido depois de me conhecer, e minha mãe não poupava detalhes.
― Oi, Mu... ― disse cumprimentando minha namorada com um beijo em sua testa. ― Oi, mãe.
― Oi, meu amor. Como foi seu dia de trabalho?
― Normal. ― respondi. ― O mesmo de sempre. Sobre o que vocês duas estavam falando?
― Sobre nós duas. ― respondeu a Murota.
― Hum...
― Por que a pergunta? ― questionou curiosa, minha mãe.
― Nada. Vamos, eu tenho umas coisas para falar pra você. ― falei para a Murota, puxando-a pelo braço. ― Tchau, mãe.

Fomos ao meu quarto, e logo que entramos, eu deitei ao lado da Mizuki, que me puxou para a cama. Começamos a namorar, e eu comecei a explicar a ela, o que Ayala havia me alertado. Ela tinha falado que a Murota-chan poderia ver como ela estava, (em 2033), mas que isso com certeza iria ter consequências. Então ela me falou todas elas: Eu ter uma briga feia com a Mizuki, e nós nos separarmos; Não termos os nosso filhos; Morrermos no parto; dentre outros. Ela disse que tentaria arcar com as consequências do seu ato. Então eu levantei-me, e fui pegar alguns itens em um baú. Peguei um bolo de fotografias, e deitei ao lado dela:

― Então, vamos começar por quais você ainda não viu.
― Ok... Eu não vi a Moe-chan, a Kasahara, a Musubu e a Ayano-chan.
― Então... ― falei pegando as fotos. ― Essa, é a minha mãe, que você já viu. ―falei dando a foto a ela. ― E essa, ao lado dela, é a minha madrinha...
― Essa é a Kanon-san???
― Sim, é...
― Ela que passou na 'seleção' da sua mãe?
― Sim... Mas não conta a ninguém...
― Ok...
― Essa ― disse eu pegando outra foto. ― é a Moe-san, junto com a Sakaki.
― Elas ainda estão nesse lenga-lenga?
― Estão... (😒) Você acredita? ― respondi.
― Pior que sim...
―  Mas vai ter um tempo em que isso vai mudar um pouco... Mas por enquanto, deixa quieto... ― disse eu e pude ver uma ponta de esperança no rosto da minha namorada. Essas são a Kasahara, a Musubu e a Ayano... ― falei apontando para cada uma das garotas da foto.
― Nossa, elas estão muito diferentes... ― disse ela ao olhar a fotografia.
― Sim, estão. E andam tão maduras quanto na foto.

Continuei mostrando algumas das fotos do Angerme em meu tempo (2033). Depois de um tempo, eu cheguei em uma sequência de imagens que tinha uma mulher, bastante alta e com o corpo delicado e sinuoso, ela tinha óculos escuros no rosto, cobrindo seus olhos por completo, e longos cabelos negros, que batiam na altura de seu bumbum. A outra mulher, logo ao lado dela, a abraçava de um jeito carinhoso, pedurando-se em seu pescoço, e ainda assim, mantinha os pés um pouco acima do chão. Ela tinha cabelos longos e castanhos claros, quase da cor de seus olhos. Ela tinha um sorriso bastante bonito. Na sequência, a que abraçava, que estava atrás da outra, subia as pernas até ser abraçada por completo pela da frente. Elas pareciam bem felizes juntas.

― Essa...sou eu? ― questionou Mizuki apontando para a mulher de cabelos castanhos.
― Sim é... ― respondi.
― Com 36 anos?
― Sim!
― E essa é você, certo? disse, apontando para uma versão mais velha minha.
― Sim, sou.
― E isso... ― disse ela, ao apontar o dedo para a sua mão esquerda, na foto. ― É uma aliança?
― Sim. ― respondi. ― Nessa época, já estamos casadas, e temos sua filha. ― disse, pegando uma outra foto do baú, e mostrando a Murotan, de 2033, com uma barriga gigante e a mão pousada nela.
― Fi...Filha? disse Murotan olhando para mim. Logo depois de soltar um olhar meio incrédula, ela pegou a foto que edtava em minhas mãos   Ei... Eu estou...
― Grávida! ― respondi. Sim, está
― Oh, meu...

Expliquei toda a nossa história, que ela mesma (de 2033) tinha me contado, quando eu era pequena, e ela olhou para mim:
Você me contava, que em 2017 uma pessoa chegou em sua vida e mudou tudo. Deixou tudo de cabeça pra baixo. Mudança essa que você me conta, ter amado.
― E eu saber disso, agora, pode mudar tudo? Tipo, nossos futuros filhos, nosso futuro...Nosso casamento? ― ela falou corando.
― Sim... ― respondi.  ― Mas acho, que você não mudaria o futuro das coisas, sabendo disso, mudaria?
― Apenas por ter me visto no futuro? ― questionou ela. ― Nãos.. Com certeza eu não mudaria tudo. Isso, essa ideia de ficar com você uma vida inteira, me enche de alegria.

Então sorrindo, Mizuki fechou os olhos, me deu um beijo carinhoso em minha testa, acomodou-se em meus ombros, e adormeceu.



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